São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 1996
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Bancos querem transformar dívida da Mesbla em ações

Credores desejam trocar débitos por participação acionária

WILSON TOSTA
DA SUCURSAL DO RIO

O maior credor da Mesbla, o BCN, tornou-se o centro de uma articulação para tentar achar uma saída para garantir a sobrevivência do grupo, em concordata desde agosto de 95, por causa de dívidas de cerca de R$ 250 milhões.
Na semana passada, representantes do BCN começaram a discutir, com a executivos da concordatária e com alguns credores da área bancária, a possibilidade de um acordo para converter dívidas em participação acionária.
A mudança diminuiria a participação acionária da família de Botton no grupo.
O primeiro encontro entre representantes do BCN e da Mesbla ocorreu na sexta-feira passada, depois que o grupo Mariani anunciou a desistência de assumir o grupo. Hoje, haverá nova reunião.
O BCN e o Unibanco tentam retirar seus créditos da concordata, com o argumento de que vão executar as respectivas garantias.
O BCN reclama o pagamento de R$ 120 milhões. O Unibanco diz ser credor de R$ 66 milhões.
Outro banco, o Francês e Brasileiro, do Itaú, pediu que o juiz da 7ª Vara de Falências e Concordatas, Paulo César Salomão, determinasse que a Mesbla depositasse, em 24 horas, sob pena de falência.
O BFB reclama o pagamento de dívidas de R$ 9 milhões. A Mesbla deve, ao todo, R$ 700 milhões.

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