São Paulo, sábado, 24 de agosto de 1996
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Polícia não sabe quem fez bomba

Testemunhas não haviam deposto até a tarde

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia de São Paulo não tem pistas sobre quem fez a bomba encontrada anteontem em um banheiro da 14ª Bienal do Livro.
Até o final da tarde de ontem, nenhuma testemunha havia prestado depoimento no inquérito do 9º Distrito Policial, no Carandiru (zona norte).
A Polícia Militar fez um relatório sobre o caso e forneceu o documento à delegacia às 15h de ontem, pois, até então, o encontro da bomba não havia sido registrado pelos policiais militares no 9º DP.
"Nós começaremos a apuração com base nesse relatório", disse o delegado Sérgio José da Silva, que chefia as investigações.
No relatório, constam os nomes de três funcionários da bienal. Um deles encontrou a bomba e a removeu do banheiro. Os outros dois teriam chamado a polícia.
O delegado disse que eles deverão ser chamados a depor no inquérito na próxima semana. Além deles, o delegado pretende ouvir os policiais militares responsáveis pela apreensão da bomba dentro da bienal.
Laudos
O Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar) não terminou o laudo sobre a mecânica da bomba. Segundo o Gate, os exames só devem ficar prontos na próxima semana.
A polícia também não conseguiu concluir os exames químicos nos restos da bomba para determinar que tipo de explosivo foi usado em sua fabricação.
A bomba era de fabricação caseira e tinha poder de ferir pessoas que estivessem em um raio de cinco metros. Ela era pouco maior que uma bola de bilhar.
O explosivo, possivelmente pólvora, estava envolto por papel atado com fita adesiva.
Desse invólucro saíam dois fios que o ligavam a um relógio movido a pilha.
A bomba foi detonada no campo da Associação Paulista de Trote pelo Gate por meio do estouro de uma outra carga explosiva, posta em cima da bola.

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