São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996
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Fraudadora será julgada dia 9 nos EUA

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A advogada Jorgina Maria de Freitas Fernandes, condenada por fraudar a Previdência, vai ser julgada dia 9 no condado de Dade, em Miami (EUA), por júri popular de 12 norte-americanos.
A ação, movida pela União contra Jorgina, é inédita. O governo quer reaver US$ 34 milhões que foram identificados e bloqueados em contas que ela manteve nos EUA.
O INSS calcula que a quadrilha comandada por Jorgina e pelo juiz Nestor José do Nascimento tenha desviado até US$ 300 milhões.
Jorgina foi condenada a 14 anos de detenção em 1992 e está foragida. O juiz está preso no Rio.
Há três dias, as quatro testemunhas de acusação do governo brasileiro prestaram as primeiras declarações à 11ª Vara, em Miami. São o embaixador do Brasil nos EUA, Paulo Tarso Flecha de Lima, o assessor internacional do Ministério da Justiça, Roberto Ardenghy, e os peritos Zander Azevedo e Edson Lisboa, do INSS.
'Perseguida política'
Para Ardenghy, "o mais difícil vai ser explicar para os jurados como funciona o INSS e como ela tirou tanto dinheiro dele". Jorgina alega ser "perseguida política" e queria suspender o julgamento. O condado de Dade negou o pedido.

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