São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996
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Carreño brilha na estréia do American Ballet Theatre no Rio

Companhia norte-americana estréia em SP dia 4 de setembro

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O American Ballet Theatre, uma das mais prestigiadas companhias dos EUA, estreou anteontem no Teatro Municipal do Rio de Janeiro o espetáculo "La Bayadre".
Em São Paulo, o grupo, que nos anos 80 foi dirigido por Mikhail Baryshnikov, se apresenta na próxima semana, dias 4, 5 e 6 de setembro, no Teatro Municipal.
"La Bayadre", versão em quatro atos feita para o ABT em 80 pela bailarina russa Natalia Makarova a partir do original de Marius Petipa (1818-1910), não está incluída no programa de SP.
Produção suntuosa, "La Bayadre" fica até amanhã no Rio. Sábado e domingo, o público carioca verá o programa a ser mostrado em São Paulo, com cinco coreografias, entre elas "The Elements", de Twyla Tharp.
Embora o elenco que o ABT traz ao Brasil não inclua algumas de suas principais estrelas, como o argentino Julio Bocca, a italiana Alessandra Ferri e a russa Nina Ananiashvili, há bailarinos como Susan Jaffe, Jose Manuel Carreño e Paloma Herrera garantindo espetáculos de primeira qualidade.
Manuel Carreño
Protagonista de "La Bayadre" na estréia carioca, o cubano Jose Manuel Carreño exibiu técnica e interpretação impecáveis, garantindo os melhores momentos deste espetáculo histórico.
Ex-integrante do Ballet Nacional de Cuba e do English National Ballet de Londres, ele ingressou no ABT em junho do ano passado.
Carreño e a maioria dos bailarinos do ABT revelam o caráter multirracial do elenco que, hoje, sob direção de Kevin McKenzie, comemora o fim do colapso financeiro que quase dissolveu a companhia em 1992.
"Agora podemos afirmar que estamos olhando para o futuro com confiança. Não estamos mais lutando pela sobrevivência", afirma McKenzie, que conseguiu manter o alto nível dos bailarinos e do repertório, além de recuperar o orçamento anual de US$ 20 milhões da companhia.
A maior parte desse montante, segundo McKenzie, vem de doações particulares. Um dos orgulhos de Nova York, cidade onde o grupo surgiu em 1940, o ABT contou com Jacqueline Onassis como presidente de honra, hoje representada por sua filha, Caroline.
Colocando seu prestígio à disposição do ABT, Jackie chegou a promover campanhas de arrecadação de fundos para a companhia.

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