São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996
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Okinawa perde batalha jurídica contra bases militares dos EUA

Suprema Corte do país ordena a renovação dos aluguéis

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Suprema Corte do Japão ordenou ontem que as autoridades de Okinawa têm de obrigar donos de terrenos a arrendar suas propriedades ao Exército norte-americano, rejeitando apelação do governador da ilha de que a presença dos militares é inconstitucional.
A decisão, unânime dos 15 juízes, encerra a batalha legal entre a ilha e o governo federal sobre as bases militares americanas.
A batalha começou em dezembro do ano passado, quando o governo federal recorreu à Justiça para obrigar o governador Masahide Ota a aprovar a permanência das bases dos EUA em Okinawa.
Ota se recusava a assinar os documentos alegando que a imposição do aluguel violava os direitos de propriedade e a Constituição.
Os donos das terras não queriam o contrato porque, em setembro de 1995, uma garota da ilha, de 12 anos, havia sido estuprada por dois fuzileiros navais dos EUA. Eles foram presos e condenados.
Cerca de 3.000 moradores da ilha arrendam suas propriedades. Vivem em Okinawa 28 mil soldados americanos, em 13 das 40 bases dos EUA instaladas no país.
No dia 8, os moradores votam em um referendo informal o que será feito com as bases até 2015.

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