São Paulo, terça-feira, 3 de setembro de 1996
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Previdência argentina vai a US$ 4 bi

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Dois anos depois da privatização do sistema previdenciário argentino, os fundos de aposentadoria administram US$ 4 bilhões, informou ontem a câmara que reúne as empresas do setor.
Atualmente há o dobro de filiados no sistema privado, em comparação ao público, chegando a 5,245 milhões de pessoas. A projeção para o ano 2000 é de que os fundos cheguem a US$ 20 bilhões.
Alcançando essa cifra, as administradoras argentinas ficariam em pé de igualdade com suas congêneres chilenas, que são as pioneiras em termos de privatização previdenciária na América Latina.
Depois de uma década de funcionamento, ou seja, em 2004, os fundos acumulados na Argentina devem superar os US$ 40 bilhões, pouco menos que o atual orçamento de todo o governo.
Os fundos atualmente correspondem a 1,4% do Produto Interno Bruto argentino, que é de US$ 288 bilhões. No Chile, onde os fundos já existem há 16 anos, eles já equivalem a 40% do PIB.
Os cálculos das empresas do setor indicam que na Argentina os fundos previdenciários privados poderão alcançar, em 16 anos, o equivalente a 33% do PIB. A rentabilidade anual do sistema, que no início era estimada em 7% ou 8%, superou as expectativas chegando à média histórica de 16,88%.
A média anual no período entre julho de 1995 e julho de 1996 foi de 20,48%. Entretanto, o sistema previdenciário público da Argentina está atravessando uma crise severa, pois consome 50% do orçamento anual (de US$ 40 bilhões) e a arrecadação tem declinado como resultado do desemprego e do mercado informal. Dos 4 milhões de aposentados e pensionistas que dependem do Estado, mais da metade recebe mensalmente cerca de US$ 120. As organizações do setor reclamam uma renda de US$ 450.

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