São Paulo, domingo, 15 de setembro de 1996 |
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Álcool causa 30% dos acidentes
AURELIANO BIANCARELLI
Um total de 25 mil pessoas morreram e outras 321 mil ficaram feridas nesses acidentes. Estima-se que um terço dessas pessoas -7,6 mil mortos e 96,3 mil feridos- tenha sido vítima de motoristas que dirigiam embriagados. São 20 mortos e 265 feridos vítimas do álcool nas ruas e estradas, a cada 24 horas. A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) diz que taxas entre 0,3 e 0,5 gramas de álcool por litro de sangue já provocam uma queda na sensibilidade visual do motorista, diminuindo a percepção das distâncias e da velocidade. Novo código A novo Código Nacional de Trânsito, já aprovado no Senado, reduziu o limite de 0,8 gramas para 0,6 a quantidade de álcool no sangue. Acima dessa taxa, o motorista poderá perder o direito de dirigir. Três latinhas de cerveja, para uma pessoa de 60 quilos, bastam para que esse limite seja ultrapassado. "Defendemos que o ideal é uma taxa zero de álcool no sangue, como acontece em países como o Japão", diz o médico Fábio Racy, presidente da Abramet. A associação não tem registro de acidentes provocados por motoristas que usam drogas. "As pessoas não costumam usar crack ou cocaína para dirigir", diz Racy. Segundo o médico, o álcool é extremamente perigoso porque provoca momentos de euforia seguidos de depressão. "Na primeira fase, a pessoa se sente toda poderosa, achando que com ela nada acontece. Na segunda vem a sonolência. É aí que acontece o maior número de acidentes." (AB) Texto Anterior: Crack mata rápido e de forma violenta Próximo Texto: Farmácia vai vender bafômetro Índice |
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