São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996
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Pechincha é a regra no "táxi"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A vida da cidade deve ser descoberta encarando o cotidiano dos moscovitas, ou seja, tomando metrô, ônibus, bonde ou táxi.
Vêem-se poucos carros com letreiro de táxi, mas isso não quer dizer que não existam. Pelo contrário, os há aos milhares. Cada veículo que o turista achar circulando na rua é um táxi em potencial. Basta esticar o braço para ter um veículo pronto para levá-lo aonde você precisa, quando seja mais ou menos o caminho dele.
Caso contrário, o jeito é continuar até achar alguém que aceite a "corrida". Não é difícil ver ambulância pegando passageiro.
Mesmo sem saber falar russo, qualquer turista pode ir de táxi até os lugares de seu interesse.
São necessários só três objetos: mapa da cidade, caneta e bloco de papel. Veja no mapa a quantos quarteirões fica seu destino e calcule quanto isso custaria no Brasil.
Transforme esse custo em rublos e desconte 30%. Estique o braço e quando algum motorista se detiver, mostre o lugar no mapa e o bloco com a quantidade em rublos que você oferece.
Aí vem a pechincha moscovita, momento no qual o chofer pega na caneta e põe quanto quer pela "corrida". Pegue novamente a caneta e escreva um número cinco rublos abaixo do dele. Essa negociação funciona em 99% dos casos.

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