São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996 |
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'Não há fritura de ministro', diz FHC
ANA MARIA MANDIM
Durante visita aos estúdios do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), em Osasco, o presidente procurou amenizar a crítica que fez ao ministro da Saúde, Adib Jatene. Anteontem, em solenidade no Palácio do Planalto, Fernando Henrique afirmou que era "muito fácil fazer lobby" e ir "ao gabinete do presidente da República exigir mais dinheiro para hospital". O presidente disse, na ocasião, que "não tem mais condições de pedir, por meio de impostos, que todos contribuam para a saúde" e sugeriu que o Ministério da Saúde adote política de descentralização de recursos, dividindo as responsabilidades entre a União, os Estados e os municípios. "Pura imaginação" Ontem, o presidente disse que suas palavras não foram "indireta" a Jatene: "Não sou pessoa de dar indiretas pra ministro, ainda mais o Jatene, que é um homem que eu prezo, meu colega, meu amigo". "Essa intriga não prospera", afirmou Fernando Henrique. "Apenas tentei mostrar que a saúde precisa de mais verbas, e verbas que venham também dos municípios. Mais nada. O resto é pura imaginação." O presidente, seu porta-voz, Sérgio Amaral, e o governador de São Paulo, Mário Covas, chegaram às 11h05 de helicóptero aos estúdios do SBT, sendo recebidos pelo acionista majoritário, Silvio Santos, acompanhado de executivos. O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, juntou-se ao grupo pouco depois. Cena de novela Após passeio a pé pela cidade cenográfica do SBT, onde viu, de passagem, a gravação de uma cena de novela, Fernando Henrique foi levado ao restaurante do estúdio para almoçar tutu à mineira. Pouco antes, em breve intervalo para drinque e aperitivos, o presidente e o ministro posaram para fotos com Silvio Santos, que presenteou FHC com uma placa de prata com o logotipo do SBT. Texto Anterior: FHC ataca adversários em solenidades Próximo Texto: Sepúlveda rebate Jatene Índice |
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