São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996
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Falta segurança nas escolas

ANDRÉ FONTENELLE
DA REPORTAGEM LOCAL

Na área de educação, a atual gestão não cumpriu a promessa de colocar guardas civis permanentemente nas escolas.
A Folha visitou nesta semana seis escolas da zona norte, algumas em bairros considerados violentos, e não encontrou nenhum vigilante de plantão. Em três delas, há ronda diária -um guarda civil passa e verifica se houve alguma ocorrência.
Sem vigilantes, as escolas se protegem como podem da violência.
A escola Embaixador Raul Fernandes, em Vila Itaberaba (zona norte), acaba de completar uma reforma, que serve, ao mesmo tempo, para receber deficientes auditivos e para se proteger de criminosos.
Cercada por favelas, a escola é constante alvo de invasões e depredações. Todo o prédio foi cercado com grades e os visitantes entram por um portão controlado eletronicamente.
"Não existe nenhuma segurança no horário funcional, nem quando não estamos funcionando", lamenta o diretor da escola, Carlos Alberto de Oliveira.
"Nós enfrentamos isso com galhardia." Segundo ele, até drogas já foram jogadas para dentro da escola por cima do muro.
Outra promessa não cumprida é a de "refeições fartas" na merenda escolar. Há almoço apenas nas Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil), onde as crianças passam todo o dia. Nas EMPGs (Escolas Municipais de Primeiro Grau), é servido um lanche.
(AFt)

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