São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996
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Zona leste será abastecida com água do Tietê

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

O rio Tietê vai ser usado para abastecer de água e tirar do rodízio permanente a zona leste da cidade e alguns municípios da região metropolitana de São Paulo, a partir de 1998.
A construção da nova rede de coleta e tratamento de esgoto que deságua nos rios que formam a cabeceira do Tietê deve ampliar a captação e o consumo da água pela população.
Esta é a principal meta da segunda fase do Projeto Tietê, que o governo estadual apresenta oficialmente amanhã, durante solenidade que contará com a presença do governador Mário Covas.
O evento, que marca a retomada das obras na região de Salesópolis, também comemora o dia do rio Tietê.
Segundo o secretário de Estado de Recursos Hídricos, Hugo Marques da Rosa, a partir da limpeza da cabeceira do rio, será possível dobrar o capacidade de abastecimento para a zona leste da capital e cidades como Arujá, Poá e Mogi das Cruzes, tirando essas regiões do rodízio de água permanente.
Hoje, são produzidos cerca de 5 milhões de litros de água por segundo no Sistema Alto Tietê.
"Despoluindo a cabeceira do rio, vamos aumentar a distribuição de água limpa para essas pessoas (cerca de 500 mil beneficiados)", disse.
Primeira fase
O Projeto Tietê data de 1991, início da gestão Fleury. Em quatro anos de governo, foram executadas 57 obras, a um custo total de R$ 900 milhões -metade da verba foi financiada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Como as obras não foram finalizadas no prazo estipulado, o governo Covas teve de renegociar os empréstimos, estendendo as obras para 98.
Na segunda fase, o governo vai construir redes coletoras de esgoto e estações de tratamento. Pelo projeto, os rios Biritiba, Paraitinga e Claro chegarão limpos ao Tietê, facilitando o tratamento da água que será usada para o abastecimento.

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