São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996
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Câmara pode inviabilizar plano

DA REPORTAGEM LOCAL

A assinatura do convênio entre os governos estadual e federal foi criticada pelo PT e pelo PPB na Câmara Municipal. Eles acusam de eleitoreira a data escolhida e podem inviabilizar a segunda fase do plano de Mário Covas.
"É impossível não registrar esse fato", disse o vereador Miguel Colassuono, líder do PPB na Câmara.
A segunda fase do projeto estadual para desativar o Complexo do Carandiru prevê a alteração do zoneamento -regra que especifica o que pode ser construído no local.
Atualmente, só podem ser erguidos presídios na região. Para trocar o terreno com a iniciativa privada por novas penitenciárias, o zoneamento deve ser alterado.
O governo apóia a criação de um parque em um terço da área -o resto iria à iniciativa privada. "O fim do complexo está nas mãos da Câmara", disse João Benedito de Azevedo Marques, secretário da Administração Penitenciária.
Para o vereador Maurício Farias (PT), autor do projeto apoiado pelo governo, a assinatura do convênio atropelou a negociação que estava sendo feita na Câmara.
Os vereadores acham difícil a votação antes da eleição municipal. "A Câmara não agirá com a precipitação eleitoreira do Estado", disse Colassuono. "Pois, então, que aprovem após as eleições", afirmou o governador Mário Covas.
Colassuono disse que o PPB poderá apoiar um outro projeto, que transforma a área do complexo em um parque. Isso inviabilizaria o plano do governo estadual.

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