São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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Liberdade é ponto de tráfico
ANDRÉ LOZANO
Os traficantes ficam próximos às saídas do metrô, na praça, por causa da facilidade de acesso, caso haja necessidade de uma eventual fuga da polícia. Os passadores de heroína são acobertados por "olheiros" -pessoas que ficam circulando na praça para notar alguma movimentação suspeita, de policiais ou de usuários não-conhecidos. "Nenhum traficante de heroína vende a droga para um desconhecido. Só compra a droga quem é conhecido na praça", afirmou I.S.J. Aos domingos, quando acontece uma feira de artesanato, o usuário deixa o dinheiro atrás de quadros específicos expostos na praça. Após alguns segundos, o traficante retira o dinheiro e deixa a droga no mesmo lugar, que depois é apanhada pelo usuário. Outros traficantes Segundo ele, os traficantes de heroína dividem o espaço com traficantes que vendem vários tipos de droga, exceto a heroína. O usuário se aproxima do grupo em que está o traficante e negocia o preço da droga com ele. Depois, se dirige a uma outra pessoa, próxima, que recebe o dinheiro do usuário e lhe passa a droga. "O chefe do grupo não carrega a droga e nunca mexe em dinheiro", explicou o dependente I.S.J. (AL) Texto Anterior: Droga é altamente viciante Próximo Texto: Consumo não é representativo, diz polícia Índice |
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