São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996
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Polônia deve ser membro

IGOR GIELOW
DE LONDRES

Os poloneses são os mais fortes candidatos a membro da Otan. O próprio secretário-geral da entidade, Javier Solana, admite que o país está em posição privilegiada.
Se a República Tcheca é a estrela do Leste Europeu em termos econômicos, a coisa muda de figura quando o assunto é guerra.
Fincada entre a Rússia e a Alemanha, a Polônia já pagou o preço de sua valorosa posição estratégica.
Foi motivo de disputa por Frederico da Prússia e Catarina, a Grande, czarina russa, no século 18. Tanto que, entre 1795 e 1918, sequer existiu no mapa.
Neste século, foi a vez de Adolf Hitler e Josef Stálin, que acertaram sua partilha em 1938.
Em 1939, a Segunda Guerra começou com a Wehrmacht de Hitler cruzando a fronteira polonesa e acabou com a tragédia dos campos de extermínio no mesmo país.
Depois, até 1989, foi engolida pelo bloco soviético.
Há sinais indicando os novos tempos. Na semana passada, forças britânicas da Otan fizeram exercícios de guerra na região de Drawska -no mesmo campo onde Hitler exercitou suas tropas em 1934, ainda em paz.
A operação trouxe 3.500 soldados para Drawska -a maior do gênero no país.
Por outro lado, os poloneses estão investindo mais em defesa, numa não-anunciada corrida armamentista no Leste pós-comunista.
Segundo o Centro para Assuntos de Desarmamento da ONU, a Polônia gastou US$ 2,2 bilhões com defesa em 1994. Pulou para US$ 2,6 bilhões em 1995 e, este ano, deve chegar a US$ 3 bilhões.
(IG)

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