São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996
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Atualização simplica o texto

PATRICIA DECIA
DE NOVA YORK

Os opositores da revisão da linguagem das novas bíblias argumentam que dessa maneira se simplifica um dos textos que, além do papel religioso, é considerado hoje como grande exemplo para a literatura.
A versão Rei Jaime, escrita em 1611, durante o período elisabetano -o mesmo dos textos de Shakespeare, o maior poeta da língua inglesa-, serviu como inspiração, segundo estudiosos, para vários escritores, como John Wesley e Ernest Hemingway.
Essa Bíblia, adotada basicamente pelos protestantes, teve sua primeira revisão em 1952, pelo "National Council of Churches of Christ" (Conselho Nacional das Igrejas de Cristo).
Essa edição revisada por dezenas de teóricos que usaram métodos mais modernos e descobertas arqueológicas passou a ser considerada a oficial pelo menos pelas religiões protestantes.
"Comparada à versão Rei James, essa edição revisada trata-se de uma interpretação menos poética, com certeza, mas que ganha em termos de fidelidade ao que seriam os textos originais", diz Henry Carrigan, crítico de livros religiosos da "Publisher's Weekly", uma publicação da indústria editoral.
Ele diz ainda que, na verdade, a versão escrita pelo rei Jaime, naquela época, teve o mesmo impacto que as últimas atualizações terão: aproximar as histórias da Bíblia à língua falada e compreendida pelo leitor comum.
(PD)

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