São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 1996
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País discute união gay

PAULA SCHMITT
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de a Constituição estabelecer que "todos são iguais perante a lei", o Brasil exige a diferença de sexo na hora de reconhecer a união civil.
Ao casamento entre homem e mulher são conferidos direitos negados aos casais homossexuais.
Ao contrário dos contribuintes heterossexuais, os contribuintes homossexuais que resolvem se unir não podem declarar imposto de renda conjuntamente, apresentar renda familiar para comprar imóvel, adotar filhos, ter plano de saúde conjunto ou obter a nacionalidade decorrente da união.
Segundo relatório do Ministério da Saúde (1996), "devem existir mais de 15 milhões de gays no Brasil".
A união homossexual é legal na Dinamarca, Hungria, Noruega e Suécia, entre outros. No Brasil, projeto de lei da deputada Marta Suplicy (PT-SP) deve ser votado em 97.
Enquanto isso, os candidatos tentam se afastar do tema. Esta coluna teve negadas as respostas de dois candidatos, Serra (PSDB) e Rossi (PDT). Erundina (PT) também não declarou se é contra ou a favor. Celso Pitta (PPB) foi a exceção. Já o "Fórum" do Universo OnLine teve um recorde de 111 participações em apenas dois dias.
Nos Estados Unidos, enquanto projeto que proíbe ao governo reconhecer o casamento de pessoas do mesmo sexo é aprovado, empresas como IBM, Microsoft, American Express, Time Warner e Disney estendem seus planos de seguro-saúde e outros benefícios aos parceiros de seus funcionários homossexuais.

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