São Paulo, domingo, 29 de setembro de 1996
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Conde e Cabral perdem votos no Rio; segundo turno já está quase definido

LUIS HENRIQUE AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Os líderes na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, Luiz Paulo Conde (PFL) e Sérgio Cabral Filho (PSDB), caíram na intenção de voto do eleitorado, segundo a última pesquisa Datafolha, feita nos dias 26 e 27, que ouviu 1.597 pessoas.
Conde caiu de 36% para 32% na intenção de voto. Cabral Filho também caiu quatro pontos, passando de 28% para 24%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
O candidato do PT, Chico Alencar, oscilou positivamente de 11% para 14%. Alencar já havia oscilado positivamente de 8% para 11% entre 2 e 9 de setembro.
Essa variação parece confirmar sua ascensão gradual desde o início da campanha, mas ele ainda está 10 pontos atrás de Cabral.
Espontânea Na intenção de voto espontânea a diferença entre os dois líderes aumenta. Conde, com 27%, fica 10 pontos à frente de Cabral Filho, que tem 17%.
Ainda na pesquisa espontânea, Alencar (PT) obtém 9%, contra 6% de Miro Teixeira (PDT) e 1% de Sérgio Arouca (PPS).
A pesquisa praticamente confirma a tendência de realização de segundo turno na cidade.
Transferência A disputa de um eventual segundo turno entre Conde e Cabral deverá ser acirrada.
Os votos do brizolista Miro Teixeira e do petista Alencar serão divididos entre os dois candidatos. Não deverá haver transferência direta em nenhum dos dois casos.
Até o dia da eleição, Conde continuará a forçar a proximidade com seu padrinho político, o prefeito Cesar Maia. Desde o início da campanha, o candidato do PFL vem sendo beneficiado pelo cronograma de entrega de obras do projeto Rio Cidade (que prevê a reforma urbanística de 17 bairros).
Já Cabral Filho, candidato do governador Marcello Alencar (PSDB), aposta na ligação com os governos federal e estadual. Na campanha, insiste que é necessária uma boa relação entre essas duas esferas e o poder municipal.
Quem mais sofreu com a transferência de votos foi Miro Teixeira.
Ele começou a campanha com 21%, levantando a bandeira do combate ao neoliberalismo. Agora, tem 8%. Também fracassou a estratégia de afastar sua imagem da de Leonel Brizola, que acabou participando da campanha.
No Rio, ainda não escolheram o candidato 28% dos eleitores. Outros 10% afirmam pretender votar em branco ou anular o voto.

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