São Paulo, domingo, 29 de setembro de 1996
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Gordura ameaça curvas das brasileiras

NOELLY RUSSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A brasileira corre o risco de perder as formas, se continuar a comer muito e fazer pouco exercício.
"Se a alimentação continuar a mesma, há possibilidade de a brasileira ficar com o corpo mais gordo, como padrão", diz o nutrólogo Mauro Fisberg, 43.
Os homens correm o mesmo risco, mas a principal vítima da gordura no Brasil é a mulher.
Para determinar o que é estar acima do peso, a OMS usa uma medida chamada índice de massa corpórea. Esse índice é obtido com uma relação entre peso e altura (veja quadro ao lado).
A partir dos resultados, a OMS criou uma escala que qualifica a pessoa como subnutrida, com peso adequado (1), sobrepeso (2), obesa (3) e seriamente obesa.
Na faixa do sobrepeso, grau 2, estão 26,4% das mulheres brasileiras. As obesas são 11,7%.
Entre os homens, 22,5% estão acima do peso e 4,8% são obesos. "A mulher tem compulsão por comer uma 'coisinha'. Mais do que os homens. E as 'coisinhas' engordam", diz o endocrinologista Antonio Roberto Chacra, 53.
Segundo ele, as mulheres engordam mais rápido e têm mais dificuldade em perder peso. "A mulher junta mais adiposidade. Por isso tem tantas curvas no corpo e é mais macia", diz ele.
Modelos desnutridas
Ficar em forma, pelos padrões da OMS, não requer tanto sacrifício, já que para a entidade a supermodelo Kate Moss não é padrão de beleza -é exemplo de desnutrição. Com 1,73 m e 52 kg, o índice de massa corpórea da modelo é 17,17, muito abaixo de 20, o mínimo desejável pela organização.
"Essas modelos são desnutridas. A alimentação delas é inadequada, tanto quanto a e um obesa. As duas podem ter problemas de saúde", diz Fisberg.

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