São Paulo, domingo, 29 de setembro de 1996 |
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Computador faz candidato virar fashion
SUZANA BARELLI
Com o auxílio do programa Photoshop, a Folha uniu o rosto dos candidatos nos corpos de modelos em dois concorridos desfiles de moda da cidade -o Phitoervas e o MorumbiFashion. O resultado parece provar que a roupa faz o homem. Os quatro candidatos mudariam completamente de imagem, se seguissem as últimas tendências da moda. Exageros à parte, os estilistas dizem que os políticos poderiam se vestir melhor e, com isso, até conquistar novos eleitores. "O Pitta ganharia mais votos se adotasse um ar mais tranquilo e assumisse a negritude", diz Eduardo Ferreira, que criou a roupa "usada" pelo candidato do PPB. Ferreira diz que sua coleção procura unir a cultura à moda, o que não acontece no jeito dos políticos se vestirem. "Minha roupa propõe a discussão da brasilidade." O estilista Jorge Kaufmann, criador das roupas de José Serra (PSDB) e Francisco Rossi (PDT), acha que os candidatos deveriam se vestir com "um toque de modernidade, mas no estilo clássico". Sua sugestão são ternos feitos em tecidos que têm lycra, para dar maior maleabilidade à roupa, e camisa e gravatas mais coloridas. "Eu colocaria na Erundina um tailleur Chanel e mudaria os óculos", sugere Kaufmann. Para a estilista Gloria Coelho, que fez o terno da candidata do PT, a maioria dos políticos se veste mal, mas suas roupas traduzem suas ideologias. "O Pitta está vestido que nem o Maluf, o Serra se veste como o governo atual e a Erundina, como o partido dela", afirma Gloria. O modelo Fabio Ghirardelli, que "emprestou" seu corpo a Serra, disse que ele também ficou marcado no terno verde-limão. "Ouvi muita brincadeira. Imagine se o Serra saísse assim", diz. Texto Anterior: Mudança no ICMS anima os fabricantes de tratores Próximo Texto: Carne de búfalo está na moda Índice |
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