São Paulo, domingo, 29 de setembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Recém-criadas discotecas de Pequim vivem fase difícil
JAIME SPITZCOVSKY
O moralismo comunista, implantado com a vitória da revolução liderada por Mao Tse-tung em 1949, deixou Pequim praticamente sem vida noturna. As reformas econômicas iniciadas em 1978 trouxeram néons e cores do capitalismo, que convivem com o Partido Comunista, ainda no poder. O "Diário da Juventude de Pequim" atribuiu a falência das danceterias ao excesso de oferta e aos seus preços salgados. O ingresso varia de 50 yuans a 80 yuans (US$ 10), enquanto um salário médio é de 600 yuans. Danceterias mais chiques cobram mais de 100 yuans. Pequim, com cerca de 11 milhões de habitantes, dispõe de casas com capacidade para até 100 mil pessoas por noite. No entanto, o público nunca passa de 30 mil. As danceterias de Pequim recorrem a um repertório de, principalmente, música ocidental e de regiões de língua chinesa, como Taiwan e Hong Kong. De lá, chegam melodias lentas e românticas, que contrastam com o som alto e a batida pesada dominante. Somadas, as 1.100 danceterias de Pequim fizeram um investimento de US$ 625 milhões, segundo cálculos do "Diário da Juventude de Pequim". Uma das principais estrelas é o internacional Hard Rock Cafe, que atrai sobretudo estrangeiros e chineses que enriqueceram com as reformas econômicas. Nasa e JJ são os nomes das discotecas que disputam o rótulo de "a mais popular em Pequim". A Hot Spot se destaca pela localização: fica no Complexo Militar 3581, uma área das Forças Armadas. Texto Anterior: Ford volta à direção da fábrica Próximo Texto: Pressão dos EUA pode levar Suíça a abrir contas nazistas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |