São Paulo, quinta-feira, 2 de janeiro de 1997
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Mecânicos trocam de ramo

XICO SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

A tranquilidade de um vôo está nas mãos de quem fica sempre em terra: os mecânicos das aviões. O perfil dessa mão-de-obra é uma das preocupações no momento na aviação comercial.
Com salários baixos para o tamanho da responsabilidade e a crescente terceirização dos serviços, mecânicos considerados de primeira linha têm migrado para oficinas de carros importados.
O salário médio dos mecânicos de aeronaves é de cerca de R$ 550. No auge da carreira, depois de 12 a 15 anos de trabalho, o profissional chega a cerca de R$ 1,4 mil.
Para o mecânico Juscelino Ferreira dos Santos, diretor do Sindicato dos Aeroviários de São Paulo, as empresas aéreas de grande porte estão perdendo os profissionais mais importantes e não têm patrocinado treinamento aos novatos.
Procurados durante a semana passada, os diretores do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas não se pronunciaram.
Outro problema, segundo a direção do Sindicato dos Aeroviários, se concentra na carga horária estressante de pilotos e comissários na aviação comercial.
Um piloto, segundo a legislação específica do setor, não pode ter uma carga horária que supere nove horas e trinta minutos de vôo com cinco pousos.
Denúncias documentadas enviadas pelos aeroviários ao DAC (Departamento de Aviação Civil) e ao Ministério Público revelam jornadas que superam até 20 horas de serviço de tripulantes.
(XS)

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