São Paulo, quinta-feira, 9 de janeiro de 1997
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'Invasores' fogem da poluição

DA AGÊNCIA FOLHA, NO GUARUJÁ

A liberação da praia do Iporanga foi um "presente" para o empresário Valdir Milani, 40, de São José dos Campos (SP).
Dono de uma corretora, ele chegou há dez dias no Guarujá com um grupo de dez parentes para passar a temporada no apartamento da família na Enseada.
Devido à contaminação por esgoto, o grupo passou a percorrer outras praias.
Ontem, chegaram às 12h em três carros a Iporanga e se instalaram em um trecho de areia junto ao muro de uma casa. Levaram comida e bebidas.
"Aqui é farofa pura", declarou Milani. "Se não trouxéssemos, não teríamos o que comer, porque aqui não há lugar onde comprar."
O grupo pretendia passar a tarde na praia. "A praia é de todo mundo. Isso não dá o direito a ninguém de depredar, mas também ninguém pode dizer: 'a praia é minha, a areia é minha"', afirmou.
O securitário José Roberto Penha, 43, de Ribeirão Preto (SP), estava deixando o Guarujá na manhã de ontem com a família.
Ele afirmou que estava na cidade desde o dia 30, em um apartamento na praia de Pitangueiras, mas resolveu frequentar Tijucupava ao saber que a praia estava liberada.
"Lá (Pitangueiras), a praia estava nojenta. Por isso, viemos nessa aqui, que está excelente", afirmou.
Ele se diz favorável à liberação do acesso às praias particulares, mas defende a imposição de restrições. "Não dá para tolerar bebedeira e ambulantes", declarou.

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