São Paulo, quinta-feira, 9 de janeiro de 1997
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Para bancos, arrecadação da CPMF será menor que previsto

VIVALDO DE SOUSA
DENISE CHRISPIM MARIN

VIVALDO DE SOUSA; DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Rede hospitalar espera aumento de 25% na tabela do SUS

O Ministério da Saúde não deverá conseguir o total de recursos que previu inicialmente com a arrecadação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
As estimativas de Marcelo Allain, diretor-adjunto do BMC, e de Carlos Kawll, economista-chefe do Citibank, são de arrecadação máxima de R$ 4 bilhões -valor 16,6% menor que a previsão inicial do governo, de R$ 4,8 bilhões.
José Baía Sobrinho, presidente do Banco Pontual, é menos otimista. Cálculos de sua equipe técnica mostram que a arrecadação deve alcançar apenas 70% da estimada pelo governo. Isso significaria apenas R$ 3,3 bilhões.
O impacto dessa redução na coleta da CPMF deverá ser notado principalmente nos serviços oferecidos pela rede hospitalar.
Há meses, os hospitais privados e públicos pressionam o Ministério da Saúde para receber o reajuste de 25% na tabela do SUS (Serviço Único de Saúde). Esse reajuste deixou de ser pago em maio de 96 e equivale a cerca de R$ 1,1 bilhão.
No total, o Ministério da Saúde deve R$ 3,73 bilhões a hospitais, fornecedores, FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e outros. A receita da CPMF seria utilizada para cobrir essa dívida vencida.
Segundo técnicos da Receita Federal, a estimativa inicial de arrecadação foi calculada com base nas movimentações financeiras em 1994, quando o governo cobrou o IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira).
Naquele período, a inflação forçava parte dos brasileiros a aplicar seus recursos.

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