São Paulo, quinta-feira, 9 de janeiro de 1997
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BC vê diferença de até 9.900% em tarifas cobradas por bancos

Serviços, em média, são mais caros em instituição privada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Levantamento do Banco Central divulgado ontem constatou grandes diferenças nas tarifas cobradas pelos bancos.
É o caso do talão de cheques com 20 folhas, que varia de R$ 0,15 a R$ 15 -diferença de 9.900%. O cheque administrativo sai em um banco por R$ 0,20 e em outro, por R$ 120. Os preços do cheque avulso variam de R$ 0,30 a R$ 16,28.
No caso dos bancos privados, a confecção de cadastro de cliente custa, no máximo, R$ 103 e, na média R$ 20,80, segundo o BC.
O levantamento mostra também que os bancos privados nacionais cobram, em média, tarifas mais altas que os estrangeiros e estatais.
Os clientes dos estatais levam vantagem também porque não pagam por três tipos de serviços que costumam ser cobrados pelos privados: manutenção de contas ativas, compensação de cheques e envelopamento de documentos.
Os bancos estrangeiros cobram preços médios mais baixos em 26 das 43 tarifas pesquisadas pelo BC. Os nacionais privados só ganham em 16 e empatam em uma.
O levantamento, entretanto, não serve como referência para o cliente identificar os bancos que cobram tarifas menores, pois foram considerados valores médios.
Ao agrupar os valores, o BC não informa se, por exemplo, determinado banco privado tem preços menores que os estatais, ou se um estatal cobra mais caro.
O BC não cumpriu a promessa de criar uma cesta básica com tarifas reduzidas para aposentados e assalariados, como o presidente Fernando Henrique Cardoso havia anunciado aos representantes de órgãos de defesa do consumidor no final de setembro passado.

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