São Paulo, quinta-feira, 9 de janeiro de 1997 |
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Reservas argentinas superam US$ 20 bi
RODRIGO BERTOLOTTO
O Banco Central argentino anunciou dispor de US$ 20,18 bilhões em ouro, divisas, investimentos a prazo e outros ativos. O montante foi conseguido graças a três motivos: pelas exportações agrícolas da atual safra, pela repatriação de capital que fugiu após a saída de Domingo Cavallo do Ministério da Economia e pela leva de investimentos estrangeiros em empresas e imóveis locais. Essa reserva dá respaldo de sobra aos 14 bilhões de pesos que estão em circulação atualmente. As reservas estão em crescimento constante desde outubro último, somando US$ 3,6 bilhões desde esse mês. Na implantação do plano de conversibilidade, em 1991, o país tinha uma reserva de US$ 4 bilhões, que aumentou para US$ 7,9 bilhões no final do primeiro ano. Em 1994, o dinheiro disponível ultrapassava US$ 16 bilhões. Com o "efeito tequila", causado pela crise econômica mexicana, o montante no BC argentino caiu para US$ 10 bilhões (abril de 1995). Anteontem, o governo argentino anunciou a emissão de um megabônus de US$ 2 bilhões e outro título de US$ 1 bilhão, a maior captação de dinheiro desde o Plano Brady, em 1992. O dinheiro conseguido no mercado internacional irá financiar o déficit das contas públicas em 97. Os títulos vão estar à disposição a partir do próximo dia 15 e terão prazo de aplicação de 5 e 20 anos. Com esses endividamentos e os demais projetados para os próximos meses, a Argentina pode fechar 1997 com uma dívida externa de US$ 100 bilhões. "Essas emissões se realizam porque há condições financeiras dos mercados internacionais muito favoráveis para obter fundos", disse o atual ministro da Economia, Roque Fernández. Texto Anterior: Ano Novo. Hora de arquivar os mitos Próximo Texto: A flexibilização do sigilo bancário Índice |
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