São Paulo, quinta-feira, 9 de janeiro de 1997
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País terá mais casos em 1997

DA REPORTAGEM LOCAL

A queda nos gastos em combate às epidemias e o grande número de assentamentos de sem-terra na região amazônica devem aumentar muito o número de casos de malária no Brasil.
A previsão é da própria Fundação Nacional da Saúde. Todo o dinheiro destinado no semestre passado à compra de inseticidas, treinamento e contratação de pessoal foi desviado para outros gastos do Ministério da Saúde.
Os convênios com os Estados e municípios para o controle das endemias foram interrompidos. "Com certeza, essa situação levará ao aumento do número de casos de malária em 1997", diz Romeu Rodrigues Fialho, do programa de controle da malária do ministério.
O grande número de assentamentos na Amazônia também deve contribuir para aumentar o número de casos, diz Fialho. Em 1970, quando o governo investiu na integração da Amazônia, o número de infectados passou de 600 mil por ano.
Em 96, foram 449 mil casos contra 561 em 95 e 566 mil em 92. O número de mortos passava de mil em 86. Caiu para menos de 500 nos dois últimos anos.
A queda no número de mortes a partir de 1994 se deve a adoção da estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS). Na conferência sobre doenças tropicais de 1992, a OMS colocou como prioridade não mais a erradicação da malária, mas a diminuição de sua mortalidade.
Os países envolvidos concluíram que a malária era uma doença decorrente das condições econômicas e do ambiente.

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