São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997
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Japão usa militares para limpar praias

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Militares japoneses foram mobilizados ontem para participar da limpeza dos 300 km de costa contaminados pelo petróleo que vazou de um navio russo há nove dias.
Autoridades japonesas deslocaram 150 soldados das forças de autodefesa do país para integrar as equipes de limpeza.
No último dia 2, o navio russo Nakhodka, construído há 26 anos, se partiu em dois durante uma tempestade e começou a vazar petróleo.
As autoridades acreditam que a idade avançada do navio tenha sido a causa do acidente. Ele transportava 21,3 milhões de litros do combustível da China para a Rússia. Segundo autoridades japonesas, há riscos de que o petróleo que continua no navio comece a vazar.
Expansão
Ondas de mais de 10 m impediram que as autoridades detivessem o vazamento ou contivessem a expansão da mancha em direção à costa oeste do Japão.
Estima-se que cerca de 1,5 milhão de litros tenha escapado dos tanques do navio russo.
Atualmente, 300 km de costa, que se estendem de Kanazawa a Yonago, estão sujos de petróleo. A região, que é um importante pólo turístico do país, conta com uma forte indústria pesqueira.
"É pior do que pensávamos", disse ontem um pescador que tentava limpar as ondas enegrecidas pelo petróleo.
Cerca de 800 civis se mobilizaram anteontem para limpar as praias. Munidos de pás e baldes, eles coletavam a massa gelatinosa de petróleo que se acumula nas ondas, rochas e areia da costa.
O governo russo agradeceu a operação de resgate efetuada pelo governo japonês e enviou um navio para ajudar na coleta do combustível derramado.
Este é um dos piores vazamentos de petróleo da história do Japão. O maior vazamento até então tinha ocorrido em 1972, quando cerca de 8 milhões de litros do combustível vazaram.

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