São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997
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Fundo da Vale; Meio-termo; Conta de chegada; Como dantes; Logística em ordem; Progressão aritmética; Progressão geométrica; Apertando o cinto - 1; Apertando o cinto - 2; Precavidas; Roendo as unhas; A prestações; Exagerados; Liderança na prateleira; Volta ao trabalho; Dupla comemoração

Fundo da Vale
O Ministério do Planejamento propõe que se crie um fundo com o dinheiro arrecadado na venda da Vale do Rio Doce, estimado em torno de R$ 10 bilhões. O dinheiro seria emprestado ao setor privado por juros semelhantes aos pagos pelo governo na dívida pública.

Meio-termo
A proposta, acredita o Planejamento, deve contentar a gregos e a troianos da equipe econômica -dividida entre usar o dinheiro arrecadado para quitar dívida ou para novos investimentos.

Conta de chegada
O novo fundo, diz o Planejamento, reduz a dívida líquida do setor público -entendida como o resultado dos débitos do governo versus os créditos que tem a receber do setor privado.

Como dantes
O novo fundo teria, ainda, parte dos recursos (o equivalente a 8% do lucro anual da Vale) emprestado para Estados e municípios, mas com juros subsidiados. Hoje, a Vale investe em fomento nas localidades onde atua os mesmos 8%.

Logística em ordem
Apesar da chuva (que impediu o tráfego nas ferrovias mineiras), a Vale comemorou não ter atrasado o embarque de suas exportações. Tinha estoques no porto de Tubarão e, se fosse necessário, esquema para exportar por São Luís (MA).

Progressão aritmética
Segundo levantamento da Austin Asis, entre o primeiro semestre de 94 e 96, os empréstimos bancários para o setor privado cresceram 12,8%, passando de R$ 47 bilhões para R$ 53 bilhões.

Progressão geométrica
No mesmo período, segundo a Austin Asis, os empréstimos bancários para o setor público (excetuando-se as operações com títulos) passaram de R$ 1,9 bilhão para R$ 4 bilhões. Alta de 110,5%.

Apertando o cinto - 1
Os executivos de bancos já concluíram: 97 será um ano de transição para o setor, com investimento na modernização dos sistemas internos de bancos e muitos e muitos cortes de custos.

Apertando o cinto - 2
Cláudio Considera, do Ipea, diz estar preparado para um ano de vacas magras no setor público. "O governo já avisou que as verbas serão contingenciadas. Afinal, é o ano do ajuste fiscal."

Precavidos
Ganha força no mercado a idéia de que houve antecipação de importações para dezembro. É que algumas empresas já esperavam uma senhora confusão com a implantação do Siscomex.

Roendo as unhas
Por conta do Siscomex, só será possível para os analistas calcular o comportamento das importações de 97 quando forem divulgados os números da balança comercial de fevereiro. Até lá, dizem, vai imperar o "chutômetro".

A prestações
Síntese do último trimestre de 96 para um analista, o consumo correu por cima do aumento da renda disponível. Logo, aumentou o endividamento. Resultado: o nível de inadimplência deve crescer a partir de fevereiro.

Exagerados
Segundo o mesmo analista, no mesmo período, produção e importações correram ligeiramente acima do consumo. Logo, sobraram alguns estoques, especialmente na indústria.

Liderança na prateleira
Os setores de vestuário e eletrodomésticos foram os que viraram o ano com mais estoques, segundo levantamento da MCM. Para ela, o encalhe existe, mas não deve ser visto como gigantesco.

Volta ao trabalho
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, do sindicato dos metalúrgicos e da Força Sindical, informa: na segunda (amanhã), voltam a trabalhar as empresas que estavam em férias coletivas.

Dupla comemoração
O sindicato dos metalúrgicos se preparou, como em todo ano, para enfrentar atrasos no pagamento do 13º. "Todo ano era um inferno. Mas foi, pela primeira vez, muito tranquilo", diz Paulinho, que completa: "Ficamos jogando baralho. Eu ganhei R$ 50,00".

E-mail: painelsa@uol.com.br

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