São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997
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Entenda o caso do Siscomex

30/12/96 - A Receita começa a distribuir o Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior), um programa de computador que torna eletrônicas as operações de liberação de mercadorias nas alfândegas.

01/01 - Implantação do novo programa em todo o país. Até 96, as operações de liberação de mercadorias ocorriam por meio de registros em papel. Com o novo programa, os registros para liberação das mercadorias passam a ser chamados de LIs (Licenças de Importação).

02/01 - A 15ª vara federal concede liminar ao Sindicato dos Comissários de Despachos do Estado de São Paulo para que as operações na alfândega possam ser feitas sem o programa até que ele esteja em pleno funcionamento.

03/01 - O presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo, Sebastião de Oliveira Lima suspende a liminar.

07/01 - Os agentes de despacho do Estado entram novamente na Justiça pedindo a revisão da decisão do TRF. A Federação do Comércio do Estado de São Paulo e o sindicato encaminham pedido ao secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, para estender o prazo de impalntação do programa para 180 dias.

. O que alegam os agentes de despachos:
Houve pouco tempo para o treinamento e implantação do novo sistema

* Os programas demoram para ser retirados
* Também é preciso uma senha, obtida junto a Receita. Segundo os agentes, essa senha também leva dois dias para ser liberada
* Segundo os agentes, existem mercadorias paradas em todas as aflfândegas do país. Pedem prazo de implantação de 180 dias
* A demora na liberação da mercadoria seria uma maneira do governo conter o déficit na balança comercial
* Diz que apenas 600 licenças foram liberadas contra 25 mil no mesmo período do ano passado

. O que alega a Receita:
* Que os importadores estão avisados da implantação do novo programa desde o início de 96
* Que os programas podem ser retirados sem maiores problemas nos postos da Receita, desde que o importador seja cadastrado
* Admite demora na entrega do programa, mas apenas nos dois primeiros dias
* Afirma ter postos para atender os importadores com dúvidas nas principais alfândegas do país
* Diz que os importadores não se prepararam para a implantação do programa e que agora estão criando dificuldades
* Garante que 20 mil crendenciamentos já foram feitos no Estado de São Paulo desde o início do mês

Fontes: Sindicato dos Comissários de Despachos do Estado de São Paulo e Receita Federal

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