São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997
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Sabor do Oriente Médio

RITA LOBO

Uma dica para transformar o doce árabe em um saboroso "beijinho de Bagdá"
Quando o Rolling Stone Ron Wood veio ao Brasil expor seus quadros, um conhecido deu uma festa que prometia ser, no mínimo, curiosa. Um forró na casa dele com direito a canja do mr. Wood e repentismo rolando solto.
Da cozinha, saíam aromas libaneses que perfumavam a casa. A sala de jantar, quando eu cheguei, já estava sendo preparada para a sobremesa. Tinha um creme -que pensei, na minha ignorância, ser de almíscar-, que não dava para parar de comer.
Entrei na cozinha para parabenizar o responsável. Era uma tal de d. Elza. Custou um pouquinho, mas ela deu a receita: um litro de leite, uma colher de sopa de maisena dissolvida para não empelotar e uma lata de leite condensado. Cozinhar em fogo baixo, sem parar de mexer, até reduzir cerca de 1/3. Antes de tirar do fogo, acrescentar uma colher de sopa de água de rosas, dar a última mexida e pronto.
Foi servido bem gelado, e, na hora, cada um polvilhava com a qunatidade de castanhas que quisesse.
Mais para frente fiquei sabendo que d. Elza é considerada a grande cozinheira árabe de São Paulo.
Nesses dias, fiquei com desejo do doce e preguiça de sair para comprar leite. No armário, tinha água de flor de laranjeira e leite condensado. Virou "beijinho de Bagdá".
D. Elza Miguel: tel. 889-0929.

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