São Paulo, segunda-feira, 13 de janeiro de 1997
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Acusado perde 11 propriedades

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

O novo modelo de combate ao narcotráfico em São Paulo se consolidou com a prisão em flagrante de Deusdedite José de Souza.
Souza -que havia sido preso em novembro de 1996 com 1.854 pedras de crack- teve um terreno, duas casas, um apartamento, quatro linhas telefônicas comuns e uma celular, dois carros e US$ 120 mil em dinheiro confiscados por não ter como comprovar a procedência do dinheiro para a compra dos bens. Ele nega sua participação no narcotráfico.
"Ganhando grandes somas com a venda ilícita de drogas, o denunciado (Souza) enriqueceu ilicitamente, já que seu patrimônio foi todo constituído com proveito do crime. Na verdade, a grande evolução patrimonial ocorreu coincidentemente após o início de suas atividades no tráfico", diz a denúncia assinada pelos promotores Benedito Carlos Gonçalves de Lima e Pedro de Jesus Juliotti.
Os promotores pediram também à Justiça o sequestro de uma empresa ligada a Souza, que, segundo o Ministério Público, era usada para "lavagem de dinheiro".
Todos os bens confiscados pela Justiça não estavam em nome de Souza. Eles foram registrados com nomes falsos ou em nome de pessoas ligadas ao acusado.
A Justiça entendeu que as provas apresentadas pelo Ministério Público comprovam que os familiares do acusado -pessoas humildes e sem profissões definidas- não tinham condições de ter adquirido aqueles bens.
(AL)

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