São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 1997
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Bimotor cai e mata seis pessoas em SP

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Um avião bimotor Cessna-310 K caiu ontem às 10h44 ao norte de Alphaville (Grande SP) matando seis pessoas. Não houve sobreviventes. As causas do acidente ainda são desconhecidas.
A nave havia decolado por volta das 9h do aeroporto de Franca (SP) e pertencia ao empresário Wanderley Silveira, proprietário das empresas de calçados Quimifran e Policouro, morto no acidente.
Além dele, também estavam no avião seu cunhado José Carlos Garcia, 42, sua filha Camille Cristine Pinto Silveira, 16, Janete Batista Cintra, 36, Euclides de Andrade Souza, 37, ambos do departamento de compras de uma das empresas de Silveira, e o piloto Marcus Vinícius Ranzini, 27.
No momento da queda, o avião estava a cerca de seis minutos do pouso, no aeroporto de Congonhas. Após o Cessna desaparecer do radar, as buscas começaram.
Dois helicópteros da polícia e um Puma da Força Aérea Brasileira procuraram o bimotor por toda a tarde, mas ele foi achado por moradores por volta das 16h30.
Após a localização da aeronave, uma equipe do Parasar (unidade da aeronáutica especializada em buscas e salvamentos aéreos), que veio do Rio de Janeiro para as buscas, desceu no local para preparar o resgate dos corpos, que acabou por volta das 20h.
Também participaram das buscas PMs da região e do Corpo de Bombeiros. O Cessna não tinha caixa-preta, equipamento não-obrigatório nesse tipo de aeronave.
O piloto possuia licença para pilotar esse tipo de avião.
Segundo o coronel Juan Enrique Vergara, chefe do 4º Serac (Serviço Regional de Aviação Civil), a aeronave havia passado na inspeção anual de manutenção.
Após a retirada dos corpos, o local do acidente foi isolado pela Aeronáutica, que recolherá as peças do avião a fim de tentar descobrir as causas do acidente. O relatório final da investigação deverá ficar pronto em 60 dias. Os trabalhos no local continuam hoje.
Segundo o executivo José Eurípides Garcia, tio de José Carlos, uma das vítimas, Silveira tinha comprado o avião havia menos de dois meses e ia para a 24ª Couromoda, em São Paulo.
Foram feitas buscas no pico do Jaraguá, em Cajamar, Itapevi e Santana do Parnaíba. O tempo estava ruim, o que teria prejudicado a visibilidade do piloto.
Segundo a Aeronáutica, o piloto de um bimotor pode pousar de duas formas: por meio de orientação visual ou orientação do controle de vôo de São Paulo. A Aeronáutica não sabe qual dessas formas foi usada pelo piloto. A Aeronáutica investiga se houve falha humana, material ou operacional.

Colaborou a Folha Ribeirão

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