São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 1997
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Mulheres incentivam maridos a fazer o exame

DA REPORTAGEM LOCAL

O homem não é necessariamente o melhor alvo de campanhas sobre câncer de próstata, segundo o urologista Marjo Perez. Mirar a mulher, habituada a exames ginecológicos, pode ser mais eficiente.
"Uma boa parte dos meus pacientes diz que veio aqui porque a mulher sugeriu", conta Perez.
É o caso do endocrinologista Hugo Chaweles, 55. Chaweles começou a fazer exame de toque retal aos 45 anos, mas não o repetia havia três anos.
O exame deve ser feito todo ano, para quem tem mais de 50 anos. Para quem tem pai, tio ou avô que teve o tumor, os exames devem começar aos 40.
"Médico se cuida menos que o cidadão comum", diz sua mulher, Beatriz, 50, também endocrinologista. Foi por insistência dela que Chaweles voltou a fazer o exame. Não é lá muito agradável, segundo ele: "O exame é um pouco chato. O amor próprio vai ficando abalado, a posição é humilhante para o machista e é dolorido".
O exame em que o médico introduz o dedo no ânus do paciente é feito em três posições: de costas, ajoelhado com as nádegas para o alto e de lado.

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