São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 1997 |
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Venda de tênis caiu 10% no ano passado
DANIELA FERNANDES
No ano seguinte à implantação do Real, o mercado ganhou uma nova fatia de consumidores. Mas, em 1996, a "síndrome da indústria de eletroeletrônicos" roubou boa parte dessa nova clientela, explica Roberto Estefano, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos Esportivos (Abiae) e presidente da Cambuci, que detém as marcas Penalty e Asics. Ele diz que a desaceleração nas vendas de eletroeletrônicos, que já vem ocorrendo, irá deslocar os recursos dos consumidores para outros segmentos, como calçados. Algumas marcas internacionais, no entanto, como a Nike e a Reebok, conseguiram aumentar suas vendas no ano passado, investindo pesado em marketing e patrocínio de clubes esportivos. O faturamento da Reebok cresceu 30% em 1996, atingindo US$ 200 milhões. A marca vendeu 3 milhões de pares, com preços entre R$ 80 e R$ 180. Para 1997, a expectativa é de 10% de crescimento nas vendas, afirma Gabriel Czarnowki, gerente de marketing. A Reebok, que patrocinou o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a transmissão das Olimpíadas, guarda a sete chaves o valor de seus investimentos em marketing. O faturamento da Footline, representante da Nike, cresceu cerca de 14% em 96, atingindo cerca de US$ 120 milhões. Foram vendidos 2,9 milhões de pares de tênis, com preços entre R$ 80 e R$ 200. "A venda cresceu mais para tênis acima de R$ 100", diz Rogério Marques, gerente de marketing da Footline. Para 1997, a previsão é de aumento de cerca de 10% do faturamento. Os investimentos em marketing serão de US$ 14 milhões. Já a Cambuci teve queda em 1996 de 10% nas vendas. "Esperamos faturar neste ano US$ 190 milhões, o mesmo que em 1995", diz Roberto Estefano. Texto Anterior: Gesner relativiza importância do economista Próximo Texto: Adidas teve queda de 20% Índice |
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