São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 1997
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Para palestino, haverá Estado

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O principal negociador palestino do acordo de Hebron, Mahmoud Abbas, disse ontem estar convencido de que o premiê Binyamin "Bibi" Netanyahu vai aceitar um Estado palestino independente.
"Nós temos tempo e estamos convencidos de que as conversações com o Likud (partido de Netanyahu, de direita) chegarão à aceitação de um Estado palestino independente com a parte leste de Jerusalém como sua capital", disse Abbas, horas depois da retirada israelense de Hebron.
Netanyahu, porém, afirmou ao jornal francês "Le Figaro", numa entrevista publicada hoje, que nunca haverá qualquer negociação sobre a retirada israelense de Jerusalém ou das colinas do Golã (território sírio ocupado em 1967).
"Nunca haverá uma realocação em Jerusalém", disse ele.
E, sobre as colinas do Golã, acrescentou: "Nós temos de manter as colinas por razões históricas, econômicas e estratégicas".
Netanyahu assumiu o poder em junho de 1996 ao derrotar a candidatura do trabalhista Shimon Peres, que era o premiê.
O atual premiê israelense, que é apoiado pela direita religiosa do país, prometeu acabar com a política de trocar terras por paz. O governo trabalhista que o antecedeu firmou acordos em que previa a retirada de territórios palestinos ocupados em troca da pacificação.
Netanyahu adiou a retirada de Hebron, marcada para ocorrer há dez meses. Após meses de negociação, porém, ele acabou cedendo.

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