São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Alto funcionário dos EUA pede por liberação de armas para AL Pressão aumenta após corte no orçamento militar CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O governo Clinton é alvo de intensa pressão da indústria de armamentos dos EUA para suspenderem o embargo à venda de armas de alta tecnologia para a América Latina, em vigor desde 1978. O secretário da Defesa, William Perry, tem defendido essa decisão há meses, sob o argumento de que todo o subcontinente, com exceção de Cuba, vive agora sob regimes democráticos, ao contrário do que ocorria há 18 anos. Cristopher se opunha à mudança de política. Embora sua declaração de ontem possa ser interpretada como um apoio não explícito à posição de Perry, no Departamento de Estado não se espera que o presidente Clinton tome qualquer decisão nos próximos dias. Se a pressão da indústria bélica é grande, a contrapressão de entidades de defesa dos direitos humanos e de organizações internacionais não é menor. Para elas, aumentar a venda de armas para a América Latina pode prejudicar as políticas sociais dos países da região e atrapalhar o seu desenvolvimento econômico. Embora seja difícil quantificar o mercado latino-americano para armas de alta tecnologia, calcula-se que ele possa representar vendas entre US$ 1 bilhão e US$ 5 bilhões por ano. A indústria bélica dos EUA está concentrando seus esforços em exportações devido aos cortes no orçamento militar promovidos por Clinton. (CELS) Texto Anterior: Dole faz piadas ao receber mais alta condecoração civil dos EUA Próximo Texto: Doença cancela juízo por crime de guerra; Colômbia condena os líderes do cartel de Cali; França prende número 3 do grupo basco ETA Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |