São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997 |
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Lei exige teste para mal menos comum
DA REPORTAGEM LOCAL Reportagem LocalA fenilcetonúria, como a anemia falciforme, é um problema hereditário grave: o organismo é incapaz de metabolizar (transformar) a substância fenilalanina, que, acumulada no corpo, causa retardamento mental. O "teste do pezinho" detecta a doença em recém-nascidos. As crianças portadoras do problema devem fazer uma dieta que evite a fenilalanina. Por lei, o teste é obrigatório, mas não é realizado em regiões mais pobres do país. Para a anemia falciforme não há lei, nem testes de rotina. O mal é dez vezes mais comum do que a fenilcetonúria. Segundo Thomaz Gollop, do Instituto de Medicina Fetal e Genética Humana, de São Paulo, o poder público "investe em doenças não prioritárias". "Veja o contra-senso que é o teste do pezinho, obrigatório por lei desde o governo Castelo Branco (1964-1967) e cuja prevalência é 1 doente a cada 10 mil nascimentos". Segundo Paulo Cesar Naoum, da Universidade Estadual Paulista de S. José do Rio Preto (SP), a anemia falciforme afeta aproximadamente 1 brasileiro em cada 1.500 nascidos. Pesquisadores da Unicamp e Universidade Federal do Rio Grande do Sul avaliam que a prevalência da doença é maior: de 1 em 1.000 nascimentos. Texto Anterior: Grupo tenta criar plano para falcêmico Próximo Texto: Doenças genéticas variam com a "raça" Índice |
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