São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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Doenças genéticas variam com a "raça"

DA REPORTAGEM LOCAL

Pessoas com antepassados negros têm mais anemia falciforme, mas dificilmente terão outra doença hereditária grave, a fibrose cística, mais comum em caucasianos ("brancos") do norte da Europa. Os diversos grupos humanos têm doenças hereditárias diferentes.
Judeus da Europa Oriental correm mais risco de ter a doença de Tay-Sachs, que provoca paralisia e cegueira. A talassemia (um tipo de anemia) é mais comum entre pessoas de origem mediterrânea (os italianos do sul, por exemplo).
Durante séculos, as populações humanas tiveram menos chance de se misturar umas às outras do que hoje em dia. Seus organismos se adaptaram às condições de vida de regiões específicas.
Se, em algum momento da história, houve uma mutação genética em um grupo, essas pessoas que vivem e procriam numa região específica têm mais chance de passar essa mudança para seus filhos.
A mutação pode causar doença genética em certas pessoas. Mas pode não afetar outras e até as proteger contra uma doença típica da região -causada por um mosquito, por exemplo. Assim, os indivíduos com a mutação, mas não doentes, sobrevivem ao mal causado pelo mosquito, mas passam o gene alterado para seus filhos, que podem vir a ter a doença genética.

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