São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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Comida sem etiqueta

IRINEU FRANCO PERPETUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Toalhas de plástico ou papel, balcões de mármore, garçons sem uniforme.
Impensáveis nos restaurantes chiques dos Jardins, esses itens são comuns em casas de outros bairros que, pelo ambiente rústico e boa comida, atraem paulistanos dos mais diversos endereços e extratos sociais.
Uma das churrascarias mais concorridas de São Paulo não passa de um barracão, que fica ao lado do lugar em que uma escola de samba, a Unidos do Peruche, realiza seus ensaios. Seu nome: Peruchão.
Não que a informalidade se traduza, necessariamente, em sinônimo de preço baixo. Uma refeição no Presidente, no Brás, pode sair por mais de R$ 40 por pessoa. Tudo isso num ambiente que se assemelha a um botequim português.
Se despojamento não reduz o preço, às vezes prejudica o serviço. Garçons de cantinas como Posilippo e Balilla são atenciosos, mas acabam se confundindo em meio à barulheira de um almoço lotado de domingo.
Para piorar, o espaço entre as mesas costuma ser tão pequeno que exige habilidades de um contorcionista para se locomover entre elas.
Por outro lado, o atendimento pode se tornar mais personalizado. Em locais como Acrópoles e Casa Garabed, é possível tratar diretamente com o dono. No Dona Felicidade, come-se a autêntica comida da "mamma" -a mãe dos donos prepara alguns pratos.
O Rei do Carneiro da Brasa, do mesmo dono do Peruchão, garante uma atração diferente: as "peladas" no campo de futebol soçaite ao lado do restaurante.

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