São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 1997 |
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Empresários e sindicatos pagam anúncio da reeleição
EMANUEL NERI
Segundo o publicitário Mauro Salles, um dos responsáveis pelos anúncios, pelo menos 20 empresas e entidades sindicais fizeram doações. A Força Sindical confirmou ter doado R$ 200 mil. A campanha pró-FHC terminou ontem. Salles informou que as doações financeiras do meio empresarial foram coordenadas pela Ação Empresarial, entidade dirigida por Johannpeter. A Folha não conseguiu falar ontem com o empresário. Segundo sua assessoria de imprensa, ele estava em trânsito ontem à tarde entre o Rio e Porto Alegre (RS). Salles não sabe quanto foi arrecadado entre empresários e entidades sindicais. Segundo ele, a campanha custou R$ 2 milhões. Sustentada financeiramente por empresários, a Ação Empresarial tem como objetivo realizar campanhas públicas por teses identificadas com o setor. Já fez campanha, por exemplo, pelas reformas constitucionais de FHC. Todas as doações financeiras, segundo Salles, foram repassadas para os Institutos Teotônio Vilela e Tancredo Neves, que pertencem, respectivamente, ao PSDB e PFL. Para Salles, essa operação é permitida por lei. "Esses institutos de partidos podem receber doações. Eles vão dar recibo dizendo quanto receberam", afirmou. Luiz Antonio de Medeiros, presidente da Força Sindical, justifica a doação. "Os trabalhadores são a favor da reeleição. Não vejo nenhum problema com a doação. Acreditamos nisso (na reeleição)", afirmou. Para Salles, as doações financeiras cobriram parte da campanha cuja veiculação na TV foi paga. A outra parcela da campanha, segundo ele, utilizou o horário gratuito que PSDB e PFL têm direito. Texto Anterior: A reeleição e a toga Próximo Texto: PSDB e PFL usaram o horário gratuito Índice |
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