São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997 |
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Advogado quer excluir Benedita
SERGIO TORRES
A participação de Benedita no julgamento se devia ao seu envolvimento com o frentista Antônio Clarete. Ela teria convencido Clarete a prestar depoimento. O frentista diz que removeu manchas de sangue no Santana usado por Pádua na noite do crime. A conversa com a jornalista ocorreu na tarde de anteontem, por meio de telefone celular. A jornalista ligou para Benedita a fim de entrevistá-la sobre o Senadinho (repartição do Senado no Rio). Apesar de estar no espaço reservado a testemunhas, a senadora atendeu o telefone e deu a entrevista. Ao ser informado do fato ontem à tarde, o advogado de Pádua, Paulo Ramalho, pediu aos promotores que dispensassem o testemunho de Benedita. O assistente de acusação, Arthur Lavigne, criticou Ramalho. "Isso é brincadeira. Incomunicabilidade dos jurados é uma coisa. A das testemunhas, outra", disse Lavigne. Às 21h, o juiz José Geraldo Antônio acatou pedido de Ramalho de exclusão do testemunho de Benedita. O advogado de Pádua ameaçou pedir a anulação do julgamento caso o pedido não fosse atendido. "Se ela prestar depoimento, eu ganho de presente uma nulidade no caso de Guilherme ser condenado", afirmou Ramalho. Perito Pivô da suspensão temporária na quarta-feira do julgamento, o perito Mauro Ricart deixou, às 11h de ontem, o hospital Samaritano, em Botafogo (zona sul do Rio). Ele havia sido internado anteontem com crise renal. Segundo seu filho, Marcelo Ricart, 23, o perito viajou no início da tarde. O depoimento do perito foi substituído pela exibição da entrevista que ele deu à TV Globo. (ST) Texto Anterior: Tédio e incomunicabilidade Próximo Texto: Quatro dos sete jurados já são 'veteranos' Índice |
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