São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997
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Universidades correm por fora

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Duas realidades diferentes estarão convivendo no Paulistana-97: de um lado os clubes, de outro as universidades. Com mais recursos financeiros à disposição, os clubes devem levar vantagem.
No Corinthians e no São Paulo, a média salarial dos titulares é de R$ 2 mil. No Santos e na Portuguesa, de R$ 1,5 mil. O Palmeiras só define os planos na semana que vem.
As universidades poderão dar, no máximo, uma ajuda de custo. Mackenzie e São Judas Tadeu, por exemplo, atraem jogadoras com ofertas de bolsas de estudo. A USP, que já é de graça, nem isso.
"São situações opostas. Nós, por exemplo, depois de contatarmos as atléticas das faculdades, recebemos pouco mais de 40 garotas. No Corinthians, vieram mais de mil na peneira", explicou José Carlos Astrauskas, técnico da USP.
Em jogos-treinos contra a seleção brasileira feminina juvenil, com dois tempos de 20 minutos, a USP foi goleada por 6 a 0. Mackenzie e São Judas perderam de 5 a 0.
Ponte Preta e Juventus fizeram pressão para ficar com duas das três vagas das universidades, mas não obtiveram sucesso.
"Queremos as universidades para dar um toque norte-americano ao futebol feminino. Nos Estados Unidos, elas fizeram da modalidade um sucesso enorme", disse Paulo Roberto Bastos.
Segundo o diretor da Sport Promotion, o Paulistana-98 poderá ter 12 clubes, o de 99, 14, e o do ano 2000, 16. "Mas temos que ir com calma", avisou.
(JCA)

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