São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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DEPOIMENTO

"Sempre quebrei o galho de amigos gays sem cobrar nada, mas, agora que estou numa situação difícil, acho razoável fazer as coisas na forma de um contrato. Nada fixo, mas algo com que eu possa contar.
Coloquei o anúncio pensando nisso. Recebi algumas ligações e marquei encontro com um casal que me pareceu bem legal -aliás, os dois são muito conhecidos na sociedade. Têm dez anos mais que eu, namoram há quatro e não estão segurando mais a onda.
Precisam de alguém com estilo para apresentar como 'namorada' de um e irmã do outro.
Estarei à disposição deles até para dormir no quarto ao lado. Caso chegue alguém da família ou das relações sociais deles, e os dois estejam transando, eu passo rapidamente para a cama do casal e um deles vem para a minha.
Em troca eu quero, digamos assim, uma ajuda de custo. Hoje eu preciso de R$ 500, eles me dão. Amanhã eu não preciso, mas estou lá."

O anúncio que Cristina Vieira, 32, 1,68 m, 64 kg, publicou no Classline da Folha vinha com as medidas dela e começava com a frase "Mulher procura gay". Cristina sugeria aos homossexuais que precisam de uma mulher para manter as "aparências" que a procurassem. No fim do anúncio, ela informava que o interessado precisava ter "uma situação financeira elevada".

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