São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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Fazem roteiro para o Carnaval

DA REPORTAGEM LOCAL

O Carnaval está todo programado por ela, só que ele não sabe de nada. A comunicação do roteiro, feita nas vésperas, pode gerar uma espécie de "grito" inesperado.
"Eu não vou!", decidiu no ano passado o empresário Raul Toledo, 34, quando sua namorada comunicou que tinha reservado um quarto em uma pousada de Maresias (litoral norte).
Toledo pensava em "fugir" dos roteiros previsíveis. "A praia nessa época está lotada, os engarrafamentos são monstruosos, falta tudo, não iria de jeito nenhum."
Os dois passaram o Carnaval separados. "Eu subi a Pedra do Baú com um grupo."
A namorada dele não desistiu de Maresias. "Ela queria ficar com aquela surfistada; eu queria paz."
Toledo diz que não sabe o que aconteceu em Maresias, mas conta que seu programa foi ótimo.
"Estávamos em seis pessoas, três homens e três mulheres", lembra ele, que levou uma amiga. "Não sei dormir sozinho no frio."
Com o empresário Carlos Cortegoso, 39, a mudança de planos no Carnaval não depende tanto dele.
Cortegoso trabalha com produção de shows e diz que sempre fica sobrecarregado nessa época.
"Se surge alguma promoção na praia, por exemplo, eu mando a equipe, mas tenho de ir junto para acompanhar", diz. "Mesmo que a família esteja na montanha."
A mulher de Cortegoso, que trabalha em casa o ano inteiro, quer fazer algo diferente no Carnaval.
"Ela quer o marido perto, cuidando da criançada também, mas nunca dá", diz Cortegoso. "Se eu vou junto, fico no celular o tempo todo coordenando os eventos."

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