São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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Executivos mostram os seus bolsos

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Reconheça um executivo brasileiro pelo bolso. Ele carrega, sempre, telefone celular, carteira de uma das marcas da moda e pouco dinheiro -para os "trocados".
Nada de objetos volumosos ou chamativos para os ladrões. Pastas, somente se ele estiver tratando de negócios.
"Com a estabilidade econômica, não precisamos mais levar dinheiro no bolso e podemos nos limitar ao cartão e a alguns trocados", diz Márcio Quixada, sócio da consultoria JMA.
No seu bolso, tem lugar uma carteira pequena, "para não chamar a atenção", com cartão de crédito, dinheiro trocado, desenhos das duas filhas e foto da família.
Outros, mais supersticiosos, escondem amuletos na carteira. José Luiz Quadros, diretor da Czarina, leva um cristal, protegido em uma pequena capa de couro. "O cristal tem força e sempre me acompanha, até no bolso da sunga", conta.
Já Fernando Braga, da Secretaria Estadual de Planejamento, leva, cuidadosamente, seis sementes de romã dentro da carteira. "Para trazer saúde, riqueza e felicidade."
O mais radical é o engenheiro Jaime Flechtman, que mantém os bolsos sempre vazios.
Nem todos, no entanto, são adeptos do pequeno volume nos bolsos. Miguel Kozma, secretário adjunto da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, carrega três canetas, agenda eletrônica, dois óculos, diversos cartões de crédito, chaveiro com lanterna, telefone celular, lenço, maço de cigarro e isqueiro.
"Só uso constantemente o paletó porque preciso dos bolsos."

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