São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997 |
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Isolamento e dependência são armas russas
JAIME SPITZCOVSKY
A dependência econômica em relação à Rússia e o isolamento diplomático dos rebeldes aparecem como fatores que dificultam os sonhos dos herdeiros de Djokhar Dudaiev. A guerra devastou a economia da república tchetchena. O desemprego atinge 90% dos trabalhadores, apontam as estimativas não-oficiais. Terra devastada A capital, Grozni para Moscou e Djokhar-Ghala (Cidade de Djokhar) para os rebeldes, praticamente se transformou em um monte de escombros, por causa dos bombardeios. O fornecimento de água e eletricidade é irregular. As fábricas estão, em sua maioria, paradas. Apenas o bazar central da capital mostra sinais de vitalidade econômica. A recuperação da economia da Tchetchênia depende da revitalização de sua indústria petrolífera, principalmente das muitas refinarias construídas durante o período soviético. A tecnologia, portanto, vem de Moscou. E para exportar seu petróleo, a Tchetchênia depende basicamente das rotas que passam por território russo. Os rebeldes argumentam que podem driblar o fantasma russo com a ajuda de outros países, especialmente muçulmanos. Mas a independência da Tchetchênia não foi reconhecida por nenhum país, numa vitória da diplomacia russa. Moscou não esconde sua disposição de retaliar os países que reconheçam a independência da Tchetchênia. Países com forte sentimento anti-russo, como Estônia e Letônia, promoveram homenagens aos rebeldes que chegaram perto do reconhecimento formal. "Um dos pontos mais importantes de nossa política externa será o relacionamento com a Rússia", afirma o candidato Aslan Maskhadov. "Primeiro, haverá relações econômicas. Mas talvez Ichkeria e Rússia também possam ter relações nos setores militar e de defesa." (JS) Texto Anterior: Quase um país, Tchetchênia elege líder Próximo Texto: Guerra mudou panorama político russo Índice |
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