São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997
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Argentina taxa o lucro do 'produto cultural'

RODRIGO BERTOLOTTO
DE BUENOS AIRES

Os livros e os vídeos não recebem impostos diretos na Argentina, porque são classificados como "produtos culturais".
O mesmo não acontece com os CDs e CD-ROMs, cujos valores de venda são acrescidos de 21% de imposto. É o chamado IVA (Imposto sobre Valor Agregado).
A solução para driblar esse imposto é, muitas vezes, apresentar o CD ou o CD-ROM como brinde em revistas ou livros.
Por seu lado, as editoras e as distribuidoras de vídeo pagam anualmente 33% de imposto sobre os lucros obtidos.
Se houver prejuízo ou as contas ficarem empatadas, as empresas desse setor se encontram totalmente isentas de cobrança por parte do Estado.
Livros baratos
Dessa maneira, muitos livros como "Santa Evita", de Tomás Eloy Martínez, custam apenas US$ 19.
Outro êxito internacional, "Mundo de Sofia", de Jostein Gaarder, sai por US$ 26 nas livrarias de Buenos Aires.
Outro exemplo dos baixos preços: cada um dos quatro volumes das "Obras Completas de Jorge Luis Borges", recentemente editados pela editora Emecé com capa dura, custa US$ 39.
Um vídeo do desenho "Rei Leão", da Disney, sai US$ 20. Já o épico "Coração Valente", dirigido por Mel Gibson, vale US$ 30 no centro da capital argentina.
Nas lojas de músicas argentinas, o disco do conjunto amazonense Carrapicho é comprado por US$ 18. "Tango", CD do cantor Julio Iglesias, custa um dólar mais barato.

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