São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vestidos de Diana serão leiloados

Museu fica com roupa de noiva

LUCIA MARTINS
DE LONDRES

A princesa Diana vai doar o seu vestido de noiva para um museu e leiloar 65 trajes de noite usados por ela nos últimos 16 anos.
O vestido usado em 1981, no "casamento do século", com o príncipe Charles, fará parte de uma exposição permanente do Museu Victoria & Albert, que reúne uma coleção de vestuário da monarquia britânica.
Mas a venda das roupas da princesa que deve movimentar os colecionadores e fãs da monarquia e causar agitação semelhante à do leilão dos pertences de Jacqueline Kennedy Onassis, no ano passado.
A Christie's -responsável pela venda- ainda não definiu a data nem divulgou quais vestidos serão doados pela princesa, mas a expectativa é que a coleção faça uma espécie de retrospectiva da história da ex-mulher do herdeiro do trono do Reino Unido.
As peças serão um somatório de assinaturas de alguns dos estilistas mais famosos do mundo.
Na lista devem entrar os preferidos da princesa nos 90, o britânico John Galliano e o italiano Gianni Versace, e a dupla britânica Catherine Walker e Bruce Oldfield, responsável pela maioria do guarda-roupa nos 80. Há espaço ainda para nomes internacionais, como Valentino, Chanel, Christian Lacroix e Emanuel Ungaro.
Mais do que os nomes famosos dos estilistas, a grande atração dos vestidos será o fato de eles lembrarem lances históricos da passagem de Diana pela família real.
Momentos diferentes do casamento do século podem estar representados. Entre eles o vestido (considerado escandaloso) de uma manga só do costureiro japonês Hachi usado por Diana na viagem real à Austrália (1983), que marcou a fase feliz da união real.
E o tubinho preto (de Victor Edelstein) usado na entrevista concedida à BBC em 95 em que ela admitiu ter cometido adultério e afirmou achar que Charles não estava preparado para ser rei.
Os especialistas em moda acreditam que os principais compradores devam ser colecionadores -eventuais reformas dos vestidos para adequá-los a outra pessoa reduziriam o valor da peça.
"A coleção não será encarada como apenas um monte de vestidos, mas peças que fizeram história. E são pessoas com esse tipo de interesse que deverão comprar os vestidos", disse à Folha a diretora de moda da "Marie Claire" britânica, Elizabeth Walker.
"Os vestidos representam a evolução da imagem da princesa nesses anos", concordou Paula Reed, diretora de moda da revista "Harpers & Queen".
A venda ocorrerá simultaneamente em Londres, Nova York e Paris e deverá arrecadar 1 milhão de libras (US$ 1,7 milhão). O dinheiro será doado para instituições que cuidam de portadores do vírus da Aids e vítimas de câncer.
A Christie's afirma que os preparativos e conversas com a assessoria da princesa de Gales ainda estão em andamento.

Texto Anterior: Especialista defende uso médico da maconha; Bulgária deve declarar moratória este ano; Shalikashvili vai deixar chefia do Estado-Maior; Jornalista reconhece agressor após 11 anos
Próximo Texto: Rebelde tchetcheno quer atacar Rússia
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.