São Paulo, sexta-feira, 3 de outubro de 1997
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Compositor está na moda

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Bob Dylan não faz muito para promover seus discos: videoclipes, nem pensar; entrevistas, muito raro; esquemas publicitários, só involuntários. Mas a Columbia não poderá se queixar de falta de divulgação para "Time Out of Mind".
Desde que uma pericardite o internou por seis semanas, sob risco de vida, em 25 de maio, Dylan tem sido assunto constante na mídia, cada vez mais sequiosa por assuntos como a morte (ou a proximidade dela) dos grande ídolos do público.
Nenhum promotor poderia ter planejado um timing mais perfeito para o lançamento de um disco, já pronto quando Dylan adoeceu, que tem como pano de fundo a questão da mortalidade.
A materialidade repentina e inesperada da possibilidade de se perder Dylan apressou eventos para marcar a sua importância.
Ele foi escolhido para receber um dos mais importantes prêmios artísticos os EUA, o do Kennedy Center, pelo mérito da carreira (entregue pelo presidente do país); cantou diante do papa João Paulo 2º na semana passada em Bolonha, está na capa da revista "Newsweek" desta semana e na primeira página do caderno cultural do "New York Times" de domingo último. Ainda que a contragosto, Dylan está na moda.
(CELS)

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