São Paulo, terça-feira, 7 de outubro de 1997
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Clinton rejeita encarecer energia para controlar o efeito estufa

Presidente dos EUA abre conferência sobre aquecimento global

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Num dia de outono excepcionalmente quente para a capital dos EUA (máxima de 32°), o presidente Bill Clinton abriu a conferência nacional sobre o aquecimento do clima no mundo.
Ele disse que "seria um erro" ignorar o fenômeno do efeito estufa. Mas se recusou a endossar propostas que encareçam o custo de energia para reduzir o seu consumo.
Em dezembro próximo, representantes de 160 países se reunirão em Kyoto, Japão, para discutir uma convenção mundial do clima.
A atual proposta de redução do consumo de energia pelos países industrializados tem sido atacada nos EUA por indústrias e sindicatos patronais e de empregados.
Clinton disse que os perigos do efeito estufa devem ser evitados por meio de soluções tecnológicas.
A posição que seu governo levará a Kyoto ainda não está definida. O vice-presidente Al Gore, também presente ao encontro de ontem, parece defender posições pouco aceitas pelas indústrias.
O presidente indicou ontem que vai exigir mais colaboração dos países em desenvolvimento do que a atual proposta em debate prevê.
Os grandes jornais do país publicaram ontem anúncio de três páginas contra a proposta em discussão. O anúncio é corroborado por 95 dos 100 senadores dos EUA que terão que aprová-lo.
A conferência está sendo realizada na Universidade de Georgetown, onde o presidente estudou.

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